Dip me in the river, drop me in the water!

June 25 — September 4, 2021

At Galeria Pedro Cera
Lisbon, Portugal


Curated by Carolina Trigueiros


Sebastião Borges / Isabel Cordovil / Eduardo Fonseca e Silva & Francisca Valador / João Gil / Pedro Huet / Lea Managil / Sofia Mascate / Carolina Pimenta / Edgar Pires / Ana Rebordão / Maria Trabulo





Dip me in the river, drop me in the water! brings together a series of works by artists born in the ‘80s and ‘90s, in various formats including painting, sculpture, video, installation, and photography.

The title of the exhibition is taken from the song ‘Take me to the river,’ a classic composed by Al Green and later performed by Talking Heads. Echoing the words of lead singer David Byrne, it is ‘a song that combines teenage lust with baptism. Not equates, you understand, but throws them in the same stew, at least.’

In the same way, the relationships created here between the works are also indicative of a desire for expansion by means of provocation, voice, humour, and, at the same time, immersion, recalling the need for and importance of delay. Because it is in this void that we are able to assimilate flows of thoughts or internalise processes of healing, of renovation. After all, we know there are auspicious paths that we try to follow after periods of turmoil: clues, signs, and breaks so that the freshness of the water can also permeate the shadows.

Like an initiation ritual, we think now about how the verb ‘to be born’ can be used at every stage of our journey. If we would rather regard that task as complete – and, yet, the act of being born is interminable, unfinished, inexcusable – there is something akin to a somersault of fervour when we accept this incessant challenge. Periods of germinating, emerging, sprouting, harvesting, or purging are powerful metaphors for life, for artistic practice.

Rather than artists as bearers of novelty, the challenge is to retain the gaze. The possibility of building affinities against the current.

Essentially, let us dive in as the summer gets hot – and let each work reveal itself.

Carolina Trigueiros




Dip me in the river, drop me in the water! reúne um conjunto de trabalhos de artistas da década de 80 e 90, em vários formatos, como a pintura, escultura, vídeo, instalação e fotografia.

O título da exposição é retirado do tema “Take me to the river”, clássico composto por Al Green e posteriormente interpretando pelos Talking Heads. Ecoando as palavras do vocalista, David Byrne, “a song that combines teenage lust with baptism. Not equates, you understand, but throws them in the same stew, at least”.

Da mesma forma, também as relações entre obras que aqui se criam são indicativas de uma vontade de expansão por via da provocação, da voz, do humor e, simultaneamente, de imersão, lembrando a necessidade e a importância da demora. Porque é nestes silêncios que podemos assimilar fluxos de pensamentos ou interiorizar processos de cura, renovação. Afinal, sabemos que há caminhos auspiciosos que tentamos seguir depois da agitação: pistas, indícios e rupturas para que a frescura que a água contém, contamine também as sombras.

Como num ritual de iniciação, pensemos agora como o verbo nascer pode ser conjugado a cada instante do nosso itinerário. Se preferíamos considerar essa tarefa arrumada - e, contudo, é interminável, inacabada, inescusável a acção de nascer - há como que um sobressalto de fervor quando aceitamos este incessante desafio. Os tempos de germinar, surgir, brotar, colher ou expurgar são metáforas poderosas à vida, à prática artística.

Mais do que artistas que carregam a novidade, desafia-se a retenção do olhar. A possibilidade de erguer afinidades em contra-corrente.  

Enfim, vamos mergulhar enquanto o verão se faz quente - e que cada obra se revele por si.

Carolina Trigueiros




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